Mais da metade da verba eleitoral para candidatos negros pode ser cortada.
Essa é uma das propostas apresentadas para a minirreforma eleitoral pelo grupo de trabalhado criado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Há ainda sugestões que colocam em risco a transparência e a punição a partidos e candidatos que cometerem irregularidades.
Os parlamentares querem finalizar o projeto da minirreforma o quanto antes para que ele seja votado rapidamente na Câmara e no Senado. Isso porque o objetivo seria que as alterações fossem colocadas em prática já nas eleições municipais de 2024.
Preside o grupo de trabalho a filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, deputada Dani Cunha, do União-Brasil.
O relator do projeto é Rubens Pereira Júnior, do PT. Pelo texto, haverá um piso de 20% de destinação de verbas de campanha a candidatos pretos e pardos.
Caso seja aprovada essa alteração, será cortado em mais da metade o valor usado por negros para concorrer em eleições que hoje a Justiça Eleitoral determina que deve ser proporcional ao número de candidatos. A cota feminina também corre risco.
Isso porque uma das sugestões é que a verba destinada às mulheres candidatas seja usada para pagar passagens e segurança, por exemplo.