Uma prova unificada, de ampla concorrência, para todos os concursos federais do país: essa é a proposta do Concurso Nacional Unificado, que — como o próprio nome diz — promete usar uma só prova para preencher milhares de vagas em órgãos públicos federais, como os ministérios, autarquias. O novo método de concurso federal já foi batizado informalmente como o "Enem do emprego".
A meta é ousada e prevê que o CNU já seja aplicado em fevereiro do ano que vem para preencher cerca de oito mil vagas. Segundo a proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a aplicação do concurso único aconteceria ao mesmo tempo em 180 cidades brasileiras. Mal foi anunciada, a mudança já desperta polêmica entre professores e também entre os chamados "concurseiros".
O cronograma divulgado pelo MGO também é apertado e recebe críticas:
Uma das principais vantagens do Concurso Nacional Unificado defendida pelo governo federal é a ampla acessibilidade. Por serem realizadas na mesma data em todas as regiões do Brasil, a prova unificada vai permitir que candidatos de todos os cantos do país tenham a mesma oportunidade. I
A exemplo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) criado em 1998 — cuja nota é usada por centenas de faculdades e universidades de todo o país para substituir o vestibular tradicional — a intenção deste concurso é criar algo parecido, mais acessível e democrático.
Segundo o Ministério da Gestão, a adesão dos órgãos do governo federal à novidade é voluntária e eles têm até o dia 29 de setembro para manifestarem interesse em participar.
A proposta é que a avaliação seja dividida em duas partes, no mesmo dia. A primeira com provas objetivas com matriz comum a todos os candidatos, e a segunda com provas específicas e dissertativas por blocos temáticos.
A previsão é que os resultados gerais da primeira sejam divulgados até o final de abril e os cursos de formação já começam entre junho e julho de 2024.